quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Série Streets of Rage - Parte 1


Notas:
Bem vindos de volta! Bem vindos a Old School a coluna que não traz nada de velho, apenas o que é clássico! Pois bem, volto minha face ao computador e me dedico a essa coluna, não que nada pudesse ser postado antes, mas não queria fazer um post corrido. A vontade de fazer um review legal, as mudanças de idéia de ultima hora (somado ao dia a dia corrido...) me fizeram demorar mais para este post, mas assim como eu me divirto escrevendo, espero que vocês também aproveitem e mandem sugestões sempre que quiserem!
Um chero!
NenoZero


Prefacio



A época entre o final dos anos 80 e ate a metade dos anos 90, foi marcada pela era do herói “brucutu” (macho jurubeba), Van Damme, Steven Seagal, Sir Chuck Norris são alguns exemplos de gente que adorava distribuir porrada. Heróis que aparentemente não sofriam de dramas sentimentais, carência profunda ou crises existenciais... tisc, tisc, tisc, Nahhh! Um bom enredo de herói brucutu não precisava de drama, o que importa é a ação, coisas explodindo e membros de algum grupo “separatista da esquerda social agressiva” (terrorista) voando pelos ares. Essa era a essência (sem esquecer as perseguições de carros, porque filmes de ação sem perseguições de carro são filmes incompletos). Não me interprete mal, gosto de cinema e dos mais variados tipos de filme, mas admito que adoro filmes brucutu até hoje, é clichê e a graça esta justamente aí.  Pense que o tio Swarzer teve que derrubar um país só pra salvar a filha dele, e não é em sentido literário não, o cara botou o lugar abaixo mesmo (também saltou de um avião em movimento e matou um cara do Village People). Era uma vez Val verde...




Essa testosterona não ficava só nos filmes (e na realidade), foi parar nos games também e nos anos 90 os jogos beat’n up (brawler) eram febre e podiam ser encontrados em qualquer árcade típico da época, em um ambiente propicio. Um boteco cheio de bêbados, marmanjos e pivetinhos (meu grupo), lugar ideal para curtir uma rodada de Cadillacs & Dinossaurs. Um jogo que fazia muito sucesso era “Final Fight” da Capcom, que posteriormente acabou convertido para o Super Nintendo, nos tirando dos botecos para continuar a pancadaria em casa, estava mais do que claro que a Sega não podia ficar parada e investiu legal numa trilogia grandiosa (não perfeita...), que é considera por muitos como a melhor do gênero de todos os tempos. Tenho meus interesses pessoais em Streets of Rage, mas não se pode negar a criatividade investida na pancadaria, sendo assim falemos de cada um de seus episódios...



Streets of Rage



“Esta cidade já foi um lugar feliz e tranqüilo... Até que um dia, uma poderosa organização criminosa tomou conta da cidade. Um sindicato cruel logo teve o controle do governo e até mesmo da policia. A cidade tornou-se um centro de violência e de criminalidade, onde ninguém está seguro. Em meio a essa turbulência, um grupo de jovens determinados jurou limpar a cidade. Entre eles estão Adam Hunter, Axel Stone e Blaze Fielding. Eles estão dispostos a arriscar qualquer coisa... até as suas vidas... no... Streets Of Rage”.



Esta é a chamada inicial do jogo, típico roteiro de um dos filmes do Van Damme, não é pra menos, afinal, a idéia do beat n’ up é justamente essa. Esta serie é uma das minhas favoritas da era 16 bits e a considero como “o segundo melhor jogo multiplayer da nossa infância”, de uma maneira mais reservada, não é como ISS, que você junta à galera toda pra jogar, esse game é mais bem curtido em dois. Como nas suas férias de Julho, onde você passava uma semana na casa de seu primo (a), ou vice-versa e além de frio, estava chovendo La fora, então vocês se agasalham, pegam um copo de Coca e liga o Mega Drive para curtir uma boa sessão de pancadaria. Sendo assim fica difícil falar sobre Streets of Rage em um post só e para não deixar uma coisa muito extensa ou cansativa, reparti o post em dois. Esta será somente a primeira parte



A sega mandou bem e o jogo não é uma simples cópia de Final Fight, pelo contrario, ele possuí identidade própria. Você pode notar pela fluência do jogo, por exemplo: quando você entra em contato com o inimigo, você não o arremessa para alguma direção logo de imediato. A partir do momento que você agarra o inimigo, fica disponível uma nova “paleta” de golpes que variam de cabeçadas, cotoveladas, joelhadas, pontapés no queixo, etc. dependendo do personagem que você escolhe. Mas o ponto alto disso é usar o corpo do inimigo como apoio para saltar sobre ele, uma vez em suas costas você executa o golpe que minha prima chama de “Racha Crânios” (se você conhece o nome real, por favor, me informe, eu gostaria muito de saber). Outro lance legal é os golpes em dupla, utilizando seu amigo como apoio pra salto ou arremessando ele, ao contrario também, e no mais ainda existe a possibilidade de cair em pé quando você for arremessado por um inimigo...  Mas se a coisa estiver bem barra pesada, ainda pode-se contar com uma pequena ajuda de um aliado da policia. Um ataque especial que acaba com todos os inimigos em cena, seja com um tiro de bazuca ou uma rajada de napalms... uff!



Por sua vez os inimigos não são tão facilmente repreendidos como parecem, muitos deles reage de maneiras diferentes a seus ataques, se agachando, recuando ou usando um golpe super inesperado como uma rasteira (e você achava que ele só iria te arremessar). Vale lembrar que alguns são muito pesados para serem carregados, como o boss da quarta fase, e vão cair em cima de você caso tente alguma manobra ousada. E já que um assunto liga a outro, os chefes desse primeiro episodio são simples brutamontes, que aparecem na mesma quantidade de jogares que estiverem em cena, com exceção dos clones malvados da “Mulher” (para alguns eram irmãs dela...) que vão sempre aparecer como dupla e vão te dar muito trabalho.



A jogabilidade de Streets of Rage é bem simples mais bastante variada, o que torna o jogo envolvente, mas... Não é essa a principal razão. Os louros vão mesmo para Yuzo Koshiro, que fez uma trilha sonora muito show, envolvente, e de ritmo ideal para o jogo. Sem cair naquele infeliz repeteco do game rival, onde você ouve a musica da segunda fase na quarta e a da terceira na quinta e as mesmas musicas acabam enchendo o saco. Cada fase tem uma musica exclusiva de acordo com a ambiente, destaque para as musicas da 3º fase, 5º fase e Chefe! Em minha opinião as melhores. Movidos a tudo isso você deve atravessar a zona do mercado, a periferia, praia, uma ponte em construção um navio que cruza o rio da cidade para enfim chegar ao quartel general do sindicato do crime. Ainda assim é preciso atravessá-lo inteiro e subir ao ultimo nível para ter acesso ao andar do poderoso chefão.  Após chegar à sala de Mr. X, o esperto vilão Após chegar à sala de Mr. X, o esperto vilão antes de qualquer coisa, resolve corromper os personagens oferecendo-lhes o posto de braço direito, uma posição respeitável no mundo do crime (essa foi uma idéia super original!). Agora, ou você da o braço a torcer e faz o BAD END, ou desse a porrada no vilão e finaliza o jogo com chave de ouro. No caso de estarem jogando em dupla e se os jogadores decidirem entrar para o lado negro da força, terão que disputar entre eles e quem vencer se tornará o então braço direito de Mr. X, ou pior caso aconteça uma divergência de idéias, cada um terá que defender seu ideal, nem que tenha que matar o seu companheiro de tantas lutas para isso.
Streets of Rage foi um jogo que marcou época para muitos fãs, mas o boom ainda estava por vir...
Continua...



segunda-feira, 6 de agosto de 2012

International Superstar Soccer


Prefácio.



"Allejo é Craque" tem 13 letras!!! Ernesto Rui Allejo nasceu em Campinas, interior do estado de São Paulo, começando a jogar ainda muito cedo sendo considerado um dos maiores jogadores de futebol que a Seleção Brasileira já teve!!!! Provavelmente o único que fez você juntar sua galera (em meados dos anos 90) reunir os trocadinhos que cada um tinha, e alugar o cartucho do Internacional Superstar Soccer. Allejo era tão craque que, podia passar facilmente pelos seus adversários, motivar seus colegas de equipe e com eles ganhar a International Cup e a World Series no mesmo dia. Pois é, se você duvida confira aqui: http://youtu.be/QRPf4gNWbIg



 Naquela época era quase injusto montar um campeonato, porque qualquer time que tivesse o eterno camisa sete em sua escalação era favorito. Não que ele fosse imparável, mas poucos se comparam a sua maestria, o colombiano Murillo, o goleiro mexicano Leone e o argentino Redonda eram uns dos poucos que chegavam ao mesmo nível (parecido) que o craque, mas sem companheiros a altura, era quase que indiferente. Os especialistas diziam que o nível de qualidade dos jogadores da seleção brasileira daquela época era tão alto que eles poderiam marcar gols de muitas maneiras. O jeito então e decidir no 2 ou 1 quem jogava com o Brasil e os demais iam se virando como podiam... a não ser que em seu grupo existisse um “café com leite” (tipo o dono do videogame...) sortudo para praticamente herdar a canarinho, e você só ficar ali em agonia, sem poder fazer nenhum gesto, vendo todo aquele talento desperdiçado. Era uma época dourada que sem duvida vai deixar muitas saudades, mas que felizmente você pode revivê-las sempre que quiser e de maneiras diferentes. Hoje, já fora dos gramados, Allejo leva uma vida mais tranquila e sedentária, mas onde quer que passe é sempre agraciado pelos fãs como o herói que ele é, com os bordões que melhor marcaram sua carreira:
-Yessss!!!!! Goooooooooooooooooooooooooooaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaallll!!!!!!
-Cabeçadaaa! GOOOOOLLL!!! Rrrrepetçáo 



Internacional Superstar Soccer (e ISS Deluxe)



Um dos maiores clássicos dos anos 90, conhecido por onze entre dez gamers que adoram um bom jogo de futebol. Numa época onde a Eletronic Arts tinha direitos sobre a única franquia esportiva da categoria, a japonesa Konami, arregaçou as mangas e literalmente virou a mesa ganhando todos os holofotes da época. A empresa nipônica desenvolve videogames esportivos desde os anos 80. O primeiros:Konami Soccer (MSX/1985) e Konami Hyper Soccer (NES/1991),tiveram um sucesso limitado na terra do sol nascente e pouco atraiu a atenção do publico global. Somente em 1994 a Konami tomou coragem e lançou o Jikkyou World Soccer: Perfect Eleven, um game que até então trazia detalhes não esperados pra um jogo de 16 bits.



Os jogadores tinham um tipo de cabelo e uma tonalidade de peles diferentes, detalhe até então não visto no game rival FIFA. Um numero correspondente também aparecia na camisa de cada jogador. Infelizmente (ou felizmente), a Konami não tinha a licença dos jogadores, então seus nomes foram inspirados nos atletas que atuaram na Copa do Mundo de 1994. Outra inovação foram os lances narrados, que eram poucos, mas para qualquer um, fazia muita diferença. O jogo vendeu tanto no Japão que Konami ficou motivada e lançou o game no ocidente com o nome de International Superstar Soccer.
O game trazia o clássico modo amistoso (Open Game), um torneio de chaveamento similar a Copa do Mundo da FIFA (International Cup, dãã), Um campeonato em pontos corridos (World Series) e até um modo só para disputa de cobranças de pênalti. O destaque ficava para o modo se  “Scenario” inspirado em jogos de estratégia e simulação da época, em que é necessário superar condições adversas para conseguir a vitória, uma boa maneira de se entreter sozinho, mas ISS fez historia devido ao  modo multiplayer.



Antes de cada jogo, é possível fazer alterações diversas na escalação (cada equipe dispunha de 5 reservas), Pode-se definir a intenção de cada seção no campo (Defesa, Meio de Campo e Ataque) para uma postura mais agressiva ou não, o que causava efeito significante dependendo da estratégia natural do seu time. E claro você pode também escolher a estrategia de jogo (todos no ataque, todos na defesa, contra-ataque, etc.) potência lizando o espirito da equipe. Evidentemente um ponto fraco, é que cada jogador tinha que fazer suas alterações “um de cada vez”. Lembram-se daquele carinha café com leite que citei no prefácio? Pois é... haja paciência velho, a indecisão atacava forte, na época parecia “frescura na chóla” (xóla), hoje já acredito que se tratava apenas de um jogo psicológico antes da partida. Só os cafés com leite abusavam dessa tática, desnecessária, uma vez que tendo Allejo no seu elenco, a estratégia torna-se obsoleta.



Viu só? Ah! Você também podia configurar de maneira simples as cores do uniforme do seu time, da maneira que você quisesse usando o clássico modo de cores RGB. Sendo assim adicione mais uns minutos ao joguete psicológico do nosso amado “pingado”
International Superstar Soccer Deluxe



Uma versão melhorada do jogo anterior. Essa sequência inclui um número maior de seleções, novas animações, uma jogabilidade mais fluida e novos detalhes, tais como uniformes semelhantes aos reais, seis estádios diferentes e a presença dos auxiliares em campo. Embora as vendagens tenham sido mais tímidas no Japão (160 mil cópias), o jogo figurou entre os mais vendidos na Europa por vários meses. O mesmo fez tanto sucesso no Brasil que acabou ganhando uma versão totalmente modificada (pirata) conhecida como Futebol Brasileiro 96 e também uma versão mais luxo com os 24 clubes do Campeonato Brasileiro de 1997 e 6 clubes da Taça Libertadores, o jogo ficou conhecido como Ronaldinho Soccer.



Atualmente, os jogos da série Pro Evolution Soccer (Winning Eleven no Japão) continuam sendo alvos de modificações semelhantes até os dias de hoje, apesar dos esforços da Konami para impedir que versões alteradas de seus jogos sejam criadas e comercializadas.
No mais o que posso dizer é que ISS e ISSD fizeram época e marcaram uma geração de fanáticos. O game até hoje é desfrutado por muita gente, aumentado sua popularidade até entre os mais jovens que não viveram a 4º geração dos consoles de mesa e considerado por muitos como o antecessor carismático de Pro Evolution Soccer. Resta saber de Allejo, o velho lobo ainda colhe frutos de sua fama...